sexta-feira, 3 de agosto de 2007

CURITIBANOS ESSA É PRA VOCÊS!!!


CURITIBAMOS ESSA É PRA VOCÊS

E Deus criou Curitiba...

Deus, numa segunda-feira, criou Curitiba...

Pelo menos assim pensam os curitibanos.

Com parques, praças, muito topete e gente devagar no trânsito..

Mas achou monótona e então,
na terça-feira, criou o inverno.

Com sua brancura, cachecóis e um bom vinho,
para os curitibanos se acharem europeus.

Mas achou o frio muito triste,
e na quarta-feira criou a primavera,

florida e colorida para enfeitar os parques e praças dos europeus..
OPS!! dos curitibanos.

Mas Deus a achou bucólica demais
e na quinta-feira criou o verão, alegree saudável para fazer os curitibanos sorrirem.

Mas o achou seco demais
e na sexta-feira criou o outono.
Farto e ameno para se confortarem.

Então Deus achou tudo muito distante,
e no sábado misturou tudo.

Fez o inverno, a primavera, o verão e o outono
reinarem no mesmo dia em Curitiba,
para que tudo tivesse seu tempo e sua vida.

E no domingo Deus descansou...

Na verdade caiu de cama,

pois não sabia que tinha acabado de criar a


*GRIPE, a RINITE e o RESFRIADO*

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Pais e Filhos (Renato Russo)


Estatuas e cofres.
E paredes pintadas.
Ninguém sabe o que aconteceu.
Ela se jogou da janela do quinto andar.
Nada é fácil de entender.
Dorme agora.
É isso o vento lá fora.
Quero colo.
Vou fugir de casa.
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo.
Tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.
Meu filho vai ter nome de santo.
Quero o nome mais bonito.
É preciso amar as pessoas
como se Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há.
Me diz porque o céu é azul.
Explica a grande fúria do mundo.
São meus filhos que tomam conta de mim.
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar.
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar.
Já morei em tanta casa
que nem me lembro mais.
Eu moro com os meus pais.
É preciso amar as pessoas
como se Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há.
Sou uma gota d'agua
Sou um grão de areia.
Você me diz que seus pais não entendem.
Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo.
E isso é absurdo.
São crianças como você
O que você vai ser, quando você crescer?

Filhos...


“Vossos filhos não são vossos filhos”.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E, embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. .
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que Suas flechas se projetem rápidas e para longe. “Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria: pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.”

( De "O Profeta" - Gibran Khalil Gibran )

SETE PECADOS



Certo dia um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista disse: - Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.- Mas quem são vocês? Perguntou o casal. - Eu sou a Preguiça, respondeu o homem. Estamos aqui para que você escolha um de nós para sair definitivamente da vida de vocês. - Como pode você ser a preguiça se tens o corpo de um atleta que vive malhando e praticando esportes? Indagaram. - A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos, com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor. Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa disse: - Eu meus filhos, sou a Luxúria.- Não é possível! Disse o homem da família - você não pode atrair ninguém com essa feiúra. - Não há feiúra pra a luxúria, queridos? Respondeu - Sou velha porque existo a muito tempo entre os homens, sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte. Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher ou homem que você já viu. Um mal cheiroso homem vestindo uns maltrapilhos de roupas que mais parecia um mendigo disse: - Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria, sou tão antigo quanto a Luxúria mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que apresento mais rico que apareço, com jóias, dinheiro e carros luxuosos, ainda assim me verás, porque a cobiça está tanto para o pobre quanto para o rico. - E eu, - disse uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima, seus contornos eram perfeitos e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos - Sou a Gula. Assustaram-se os donos da casa dizendo: - Sempre imaginamos que a gula seria gorda.- Isso é o que vocês pensam - respondeu ela - Sou a bela e atraente porque se assim não fosse seria muito fácil se livrar de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar aqueles que querem fazer regimes, mas na verdade faço tudo ruir de maneira sutil. Destruo o prazer de viver e destruo a beleza do corpo. Sentado em uma cadeira a beira da casa, um senhor também velho, mas com o semblante bastante sereno disse com voz doce e movimentos suaves: - Eu sou a Ira alguns me conhece como cólera, tenho muitos milênios também. Não sou homem nem mulher assim como meus companheiros que estão aqui. - Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter - disse a dona da casa. - E a grande maioria me tem - respondeu o vovô - Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Mostro-me calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem se manifestar, provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças. - Eu - disse uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa - Sou a Inveja - Faço parte da história do homem desde sua aparição. - Como inveja, se é rica e bonita, parece ter tudo que deseja. - disse a mulher da casa. - Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre toda a inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. Felicidade depende de amor, e isso carece na humanidade. Por causa de mim, muita destruição já houve mortes e sofrimento, onde eu estou está também à tristeza. Enquanto os invasores se explicavam, um garoto que aparentava cerca de 5 a 6 anos brincava pela casa.Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade, olhos vívidos e enigmáticos, parecia estar alheio aos acontecimentos quando foi indagado pelo casal.- E você garoto, o que fazes junto a esses que parecem ser a personificação do mal?O garoto respondeu com um sorriso largo e olhar profundo. - Eu sou o Orgulho.- Orgulho?? estupefou-se o casal - Você é apenas uma criança, tão inocente como todas as outras.O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele disse.- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui , quer brincar comigo?A Preguiça interrompeu a conversa e disse. - Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos a resposta. O casal respondeu. - Por favor, dêem 10 minutos para que possamos pensar. O casal se dirigiu para o quarto onde dormem e lá fizeram várias considerações. Dez minutos depois retornaram. - E então? Perguntou a Gula. - Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas. O garoto olhou com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém respeitando a decisão dirigiu-se para a saída. Os outros iam acompanhado o Garoto quando o casal perguntou. - Hei vocês vão embora também?O Menino, agora com ar de severidade e com a voz forte de um orador disse. - Escolhestes que o Orgulho saísse de vossas vidas, fizeram a melhor escolha. Pois onde não há Orgulho, não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver não percebendo que na verdade vegetam. Onde não há orgulho não há Luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores de possuir os corpos de tantos quantos lhe provirem, não percebendo que na verdade são objetos do instinto. Onde não há orgulho, não há Cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem , juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro. Onde não há orgulho, não há Gula, pois os gulosos se orgulham de suas condição e jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos. Onde não há orgulho, não há Ira, pois os iracundos se orgulham de não serem passíveis e jamais abaixam a cabeça diante de qualquer situação, são incapazes de permitir que a vida lhes proporcione lições de aprendizado e se revoltam com facilidade com aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade suas iras são resultadas de suas próprias imperfeições. Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio seja ele qual for, precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança e da falta de amor à vida. Adeus. Saíram todos sem olhar para trás, e ao baterem à porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto, e o casal, desintegrou-se. Dizem que viraram Anjos.